Greve de Servidores Municipais – Ribeirão Preto

Análise - Greve dos Servidores

Análise do Consultor Político Helder de Carvalho para o Jornal A Cidade sobre a Greve dos Servidores Municipais em Ribeirão Preto

Nesse artigo, pretendo comentar a Greve dos Servidores de um ponto de vista do Marketing Político. Se não puder ser evitada, como poderá ter seu efeito amenizado?  Lembro a frase do amigo e Consultor Político Gilberto Musto sobre crises: A Crise não pode ser solucionada, mas pode ser controlada. O que a comunicação pode fazer nesses momentos? Se nada for feito, o que poderá acontecer?

Não é fácil a situação do governo municipal, principalmente pera herança do governo passado. Orçamento deficitário, dívidas com fornecedores, decisões judiciais desfavoráveis.  É preciso, por parte do governo, chamar os representantes dos servidores ao diálogo, ser transparente em relação ao que pode ser feito, apresentando um plano com cronograma de reestruturação financeira.

Por outro lado, os servidores que já sofreram atrasos nos pagamentos no início do ano, já tiveram a data do pagamento alterado (medida legal, mas que poderia ser gradual, por exemplo) e, até o momento, não receberam contra-proposta sobre o aumento de salário. Nem mesmo a reposição da inflação foi oferecida. Desde o início do ano, os servidores davam sinais de descontentamento. Foram protestos no calçadão, protestos em frente à prefeitura. Diante desse impasse, a anunciada greve de servidores, decidida em assembleia, sem dúvida prejudicará a população, principalmente nas áreas de educação e saúde.

Vale lembrar que, independente da avaliação do governo, a paciência dos cidadãos vai diminuindo conforme o tempo passa.  Do ponto de vista do marketing Político, a partir dos 100 dias (que ainda não é o caso), as cobranças tanto por parte da população quanto da imprensa costumam ser mais rígidas. É preciso monitorar essas informações sobre satisfação com o governo e reforçar a comunicação em face às análises realizadas através dos resultados da pesquisa para que não haja surpresas no final do mandato. Além disso, o governo poderia, de maneira gradual aplicando vacinas para que, ao estourar esse tipo de situação, não seja rotulado como vilão de toda a história.

Situações como greves, corte de verbas para serviços públicos como o caso da serviço-cata galho, insegurança em prédios públicos municipais – como os recentes assaltos à postos de saúde e escolas, podem gerar mais dificuldades para o próprio governo, dessa vez por pressões populares. É preciso, nesse momento, uma parceria entre governo, sindicato e servidores para que tenhamos garantida  – para munícipes e servidores – a qualidade de vida em nossa cidade após toda essa turbulência.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *