Pensar em Internet grátis para campanhas é quase o mesmo que pensar em TV aberta grátis. Talvez, poderia se pensar que basta uma câmera na mão e suas imagens, ideias e propostas seriam vistas por todas as pessoas. Sabemos que isso não acontece.
No caso da TV aberta, em primeiro lugar, há a questão da concessão do governo. No caso da internet não há necessidade de concessão, porém você certamente precisará de uma plataforma. Por mais que você insista em utilizar plataformas gratuitas ao usuário comum (como Youtube, Facebook, WordPress, etc) acredite: ALGUÉM PAGA. E se alguém paga, o objetivo principal é que esse pagamento se converta em lucro para a plataforma, seus desenvolvedores, distribuidores ou profissionais de serviços relacionados à plataforma.
Se a plataforma busca lucro, vai priorizar as contas mais ‘rentáveis’. Se sua participação na plataforma não for rentável, você será apenas um mero figurante no cenário virtual, não há como se destacar. Nesse momento, tal qual nas TV’s abertas, inicia-se a guerra por audiência. Nessa guerra, técnica, qualidade de produção, relevância e sintonia com o público são essenciais.
Obviamente, sua concorrência também sabe disso. À medida que os concorrentes investem R$ 1,00 em qualquer desses quesitos (quando não na própria plataforma) sua exposição tende a ser diminuída, justamente por ser menos rentável. Desse modo, o investimento em forma e conteúdo, quando nao no próprio meio de propagação da mensagem passa a ser fundamental, deixando a internet grátis apenas para amadores ou pessoas com pouca perspectiva de sucesso.
Como um exemplo de investimento em internet para a política, em especial, é preciso ter o discernimento igual ao necessário aos administradores de Igrejas, partidos, instituições filantrópicas de voluntários, tanto em relação à funcionários (colaboradores) ou clientes. Não dá para criar uma interface profissional, fria, imposta de maneira vertical (de cima para baixo) e esperar que funcione, por mais que esteticamente seja perfeita esta interface. É preciso auxílio profissional para estar mais atento à segmentação e também à motivações pessoais e humanas que f movimentam as ações, sejam em redes sociais digitais ou mecanismos de buscas. O usuário da rede passa a ser tema central, a conduzir os passos de quem quer ser encontrado, visto, seguido, curtido e compartilhado, e não o contrário.
Nesse ponto, a interação consciente e humana, dotada de especial empatia (como uma espécie de pesquisa natural de feedback) é fundamental para o sucesso. Encontrar padrões com base nas formas humanas de interação (através do Neuromarketig, por exemplo) é a grande sacada deste novo tempo de comunicação 2.0.